sexta-feira, 21 de agosto de 2015

PECADO



















A maçã rolou pelo chão macio de sedosa pele
Foi tentação quando os lábios se tocaram e foi seio
De picos erguidos e despidos roçando o céu do peito com gemido
Cabelos caíram como cachos maduros cheios de inebrio
Sufocaram o olhar agora perdido para sempre
Nas esconsas trevas caídas do pecado
E os anjos subiram indignados lamuriando
Levando ao Alto as palavras da nossa desdita
E o paraíso antes anunciado virou inferno castigado
Onde o calor entre corpos proibidos
Criou beleza e sonhos                                                                   
Amor, dor e felicidade
Antes de chegar a machadada da morte.


Jorge d’Alte




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