A
maçã rolou pelo chão macio de sedosa pele
Foi
tentação quando os lábios se tocaram e foi seio
De
picos erguidos e despidos roçando o céu do peito com gemido
Cabelos
caíram como cachos maduros cheios de inebrio
Sufocaram
o olhar agora perdido para sempre
Nas
esconsas trevas caídas do pecado
E
os anjos subiram indignados lamuriando
Levando
ao Alto as palavras da nossa desdita
E
o paraíso antes anunciado virou inferno castigado
Criou
beleza e sonhos
Amor,
dor e felicidade
Antes
de chegar a machadada da morte.
Jorge
d’Alte
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