A água
corre como lágrimas
Cai
no abismo desconhecido como dor
Salpica
pingas de sentimentos que se perdem.
Corre
de novo no seu destino
Como
eu e tu.
Ravinas
cava na sua fúria efervescente,
Escolhos
fura empunhando a sua vontade.
No
aperto sobrevive como gota de pinga pinga,
Rastejando
esfolada e dorida no meio da pedrenia,
Para
de novo se erguer corrida, fulgurante.
Ribeira,
riacho, rio alcançando de novo esse poente,
Encontrando
no de lá do horizonte, esse mar abraçado
Que
sou eu e tu.
Unidas!
Jorge
d'Alte
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