terça-feira, 13 de junho de 2017

SEPARAÇÃO









Era uma gaiola o que me prendia
Construí-a no dia a dia com os nossos sonhos
Alimentei-me de sentimentos, feridas, ilusões e mágoas
Vendi desilusões como prostituta por esquinas, bares e travessas escuras
Sonhei formigueiros de estrelas e luas nuas de faces negras
Deambulei por labirintos de sorrisos cheios
Mal sabendo que fio da vida de tanto esticar se romperia
Agora pasmo na imensidão da liberdade onde tudo é possível
E por ser possível quero o impossível
Voltar à minha gaiola e viver.


Jorge d’Alte

Fotos retiradas do google free

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