Jota!
Até podias
ser tu!
Vá lá! Olha
bem esse espelho,
mas sem o
quebrares.
Não faças
essa cara,
apenas entra
no jogo,
talvez se
mudares um pouco o penteado,
porque não
mudar a sua cor?
Talvez eles
possam cair
sobre esses
ombros, tostados
por solares
de fim de semana...
ou na sua
pequinês apenas te abrigar
o rosto, como
mãos que te afaguem.
Talvez...Mas
porque não haver sorrisos?
Sim daqueles
que nos fazem sofrer,
porque são de
outros e não nossos,
daqueles que
nos entram na alma,
e depois
descarados, inventam os nossos sonhos.
Podia ser
olhar, que nos olha como sente
e neste poço
profundo, dizer-nos que não mente.
Sim! Podias
ser esse corpo franzino,
branco ou
bronzeado,
mas que dance
connosco
e não com a
nossa sombra.
Essa pele que
esvoaça como cega traça
em volta,
revolteando um coração,
que chora
suor em horas curtidas, de maresias surfadas,
ou de amores
agrestes, quebrados por fundas ravinas.
E se fosses
lágrima?
Pérolas só de
alegria, que limpamos com a ternura
e as
enrolamos em baús estanques,
feitos de
promessas e sentimentos,
que levitam o
nosso ego,
pois agora
somos mais, do que éramos.
Jorge d'Alte
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