quinta-feira, 16 de setembro de 2021

DANADO

Danado, era como ele se sentia
danado pelo jogo da vida 
cheia de falsidades, injustiças e armadilhas
estradas tortas que o levavam por aí
na terra do amor, do desespero, da angústia
desejos eram lábios rubros, quentes e doces
amor vivido nos ramos dos sentimentos.
Para quê nascermos com o estigma da morte?
para quê sonharmos se o futuro envelhece?
Os pensamentos antes risonhos padecem na dor
e para qualquer lugar que ele olhasse
as cruzes eram o sinal.
Danado porque viveu no sonho mágico
danado por não ter forças para voltar a sonhar.
Danado na súplica
danado na réstia esperança.

Jorge d'Alte

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