Eu tive a forma de um pássaro
Que voou enfrente
Minhas asas de anjo
foram fogo no sol poente
escrevendo desejos no céu
Coisas
Memórias profundas fechadas como um filho
Crescendo no ventre
Em algum lugar meu túmulo frio
Esconde ossos
Desfeitos
Pela brisa dos tempos
Desfeitos
Sim, desfeitos!
Poeira
Poeira e poeiras enquanto as histórias se vão
Lágrimas frias lamentando deslizando para os dedos
E o vento dos mortos enrola minha alma
E a carne desfaz-se enquanto eu estou no céu como uma alma
Desfeito! Desfeito!
Jorge d'Alte
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