O barco da vida levantou ferros do cais do adeus
levando lá dentro um amor que feneceu
As velas içadas levavam enfunadas
recordações vivas e passadas
Vivencias adornadas por ventos contrários
que ora eram ternuras, carinhos, beijos
ora eram essas palavras duras e iradas,
na tua mente inventadas
Descendo o rio em direcção ao mar
levo toda a tristeza presa no olhar
e nem mesmo o vento me arranca
esta dor que cá dentro avança
como doença ruim que aos poucos me mata
e de horizonte em horizonte
sempre com o sol por detrás
o meu rosto será sempre sombra
essa sombra que á frente está
não deixando entrever a agonia atroz
que lentamente me cava na alma
Jonel 23.12.09
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