domingo, 28 de dezembro de 2014












Cacei a nuvem que passava
Nela cavalguei apressado
Afinal era o sonho que traçara
Partes de que já não me lembrava
E que por detrás dos olhos embrulhado
Me traziam à mente os traços da tua cara.
Ai sorriso de moça perdida
Enfeitiçada no cru sentir das almas
Tocaste-me em versos de pureza
Canção inventada e sentida
Feita de lava e de ondas calmas
Onde a pele morena suave reza
Odes de delírio que em encantos morde
E em arrepios de emoção sobe
Morrendo na boca aberta que grita
Sons de emoção letras sem som um acorde
E no lampejar dos olhos qual irónico snobe
Trago à luz esse desejo que me irrita.


Jorge d'Alte


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