Paredes altas, tão altas que esganando
apertam
erguem-se num desafio aos céus
competem com estrelas lá no breu
torres de vida, que de luz doirada se
iluminam
babilónia de línguas que se mordem
estroncando o silencio com intrigas
agrestes. Em baixo como formigas
passos soam, como gongos que sacodem
poeiras que racham vida, sem solidariedade
trazendo olhos como focos cegos
escondendo em interstícios, a verdade
elevando na soberba nossos egos.
Jorge d'Alte
Sem comentários:
Enviar um comentário