quinta-feira, 22 de março de 2018

SOLIDÂO






Os copos entrechocam-se
a festa ruge
as gargantas ardem no etílico
as mentes estão plenas de névoas
a euforia chegou
grito a melodia
mas o coro acabou.
Negro!
é tudo o que vejo
chamaram-lhe solidão.
A calçada ecoa
leva passos cabisbaixos.
Do meio da sombra
a madrugada cresce
o sol renasce
e tu amor?


Jorge d'Alte







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