Cacei a nuvem que passava
nela cavalguei apressado
Afinal era o sonho que traçara
partes de que já não me lembrava
e que por detrás dos olhos embrulhado
me traziam á mente os traços da tua cara
Sorriso de moça perdida
enfeitiçada no cru sentir das almas
tocaste-me em versos de pureza
canção inventada e sentida
feita de lava e de ondas calmas
onde a pele morena suave reza
odes de delírio que em encantos morde
e em arrepios de emoção sobe
morrendo na boca aberta, que grita
sons de emoção, letras sem som, um acorde
e no lampejar dos olhos qual irónico snobe
trago á luz esse desejo que me irrita.
Jorge d'Alte
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