A chuva que cai
é de mansinho
molhando as cores
no entardecer que se vai
de azevinho
e flores.
O horizonte chocho
tem o sol na sua ponta
saltando as montanhas
um paradoxo
caindo na água tonta
trazendo sombras castanhas.
Minhas lágrimas são chuva
encharca minha alma
lavando as dores.
o horizonte és tu é uva
doçura que me acalma
trazendo pudores.
Amo o amor que amei
traço esse rosto que afaguei
mordo esses lábios de mosto
e aí me perco nesse gosto
em cada sentir
em cada despir
nessa cama de esperança
tornando-me de novo criança.
Jorge d'Alte
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