Havia um borborinho
correndo como borboletas
ondas de prazer sereno
que tremiam no meu peito.
Só soube que eram como linho
como doces espoletas
explodindo como dreno
deixando sair deleites a eito.
Se estava no paraíso não sabia
havia o sol das madrugadas
havia tardes com o sol mergulhando
mas havia ainda a noite e a sua lua.
Estava na alcova de linhos onde tudo cabia
Corpos, braços e pernas entrelaçadas
loucuras, paixões, beijos, peles suando
havia o jogo, o das almas, da minha e da tua.
Jorge d'Alte
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