Lá, naquele mundo de luzeiros onde as almas voam
Como pétalas retiradas á vida
Como pétalas retiradas á vida
Choram pelos que vivem numa saudade sem fim.
Seu corpo amargo revive tempos idos
Tempos em que eram o que eram
Frutos de sonhos criados e vividos na lonjura.
Sem olhos e olhares procuram almas que amaram
Almas que os deixaram esquecidas nas memórias
Sentem que os entes estão ali
Como faces coladas num vidro que não há
Sopro húmido onde escrevem
Palavras que já não fazem sentido...
Lá nesse mundo talvez as almas se avivem
E nos deixem perceber que afinal Deus está ali
Sofrendo por elas.
Jorge d'Alte
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