As sombrias sombras da alvorada já não eram bem
Eram manchas de tristeza na lama da vida
Tortuosas eram as ruas com flores silvestres na ladeira
Pingos de vida aqui e acolá resmungando torcidas descaradas
Ele era o Tocha e vivia nas paredes esconsas do casario
Como desperdício misero despejado.
Tiraram-lhe a honra a alma de ser e os sonhos
Justiças cegas com mãos opulentas. e espadas vergonhosas
Deram-lhe uma pensão feita de ar e vento
De gelos e de mil e uma tormentas
Mas não lhe tiraram o seu "Eu", Tocha!
Que vivia nas paredes esconsas do casario.
Jorge d'Alte
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