Buliste-te palpitante
com as trevas de meia luz.
Procuravas a sombra da boca
para nela matares o teu desejo.
Amparei teu dorso sobre o meu
senti o húmido seio tocando o meu peito, roçagando
tuas mãos tateando as formas machas de singela ternura
Rolamo-nos como pedra despenhando-se lá do alto
Falamos palavras cheias de tudo e outras de nada
Fomos silêncio, depois a tormenta.
Fomos amor na noite crua.
Não havia lua nesse dia apenas os corpos e as vontades.
Jorge d'Alte
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