Um dia triste.
Meu coração não sorri.
Não encontro as memórias
não sei dos sonhos
tentei cantar, espantar demónios
mas elas andam como o sol
no meio das nuvens e das sombras.
São como folhas caducas ao sabor da sorte
um baralho de cartas
com que jogamos ao minuto as nossas vidas
um relógio de areia que escuma esse mar que somos nós
onde existimos ao sabor das ondas
num vaivém; a gaivota que nos leva ao horizonte.
Talvez ai me encontre
talvez ai possa amar
em amizade, em paixão
em sentimentos oferecidos
nos linhos brancos
nuns lábios rubros
num abraço que se dá.
Jorge d'Alte