Havia lá junto ao céu
um lencinho a voar
Quando eu olhei para ele
ele estava-me a acenar
Eu fui ao cimo do monte
o meu amor encontrar
No seu rosto vi o sol
Na sua boca o luar
Cantarolava junto á cachoeira
onde nos costumávamos encontrar
Havia pingos de felicidade, era amor
era a dor de esperar na madrugada soalheira
era a ansia de te poder abraçar
de te poder beijar nesse altar-mor.
Ei-la que vem como pena suave
esvoaçava ladeira abaixo
num sorriso cheio de promessas.
Abraçamo-nos cheios de palavras num conclave
traçamos o futuro ali debaixo
mal sabendo nós que tudo sairia ás avessas.
Jorge d'Alte
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