quinta-feira, 26 de novembro de 2020

COMO

 




Como fugir,
como voar,
como viver
sem respirar.
Os ventos que levam,
as brisas que trazem,
caras que choram
não por chorar
mas por doer.
Como esconder
o medo nos olhos,
como não ver
as mortes aos molhos,
e os tristes dias 
onde não somos
senão,
corpos tenros de verão,
pés nus que já não cantam.
Como sorrir,
como saber,
como impedir
esse morrer.
Sonhos desfeitos
nas pontas do "como".


Jorge d'Alte

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