sexta-feira, 20 de novembro de 2020

TRÊS PALMOS E MEIO NO CHÃO

 



Tranquei a porta
para sanar meus medos
meus dedos trêmulos em oração.
Lá fora as gentes sem pressa 
ou não
desmascaradas, soltam as gotículas 
da perdição.
Os ais, e os aí ais da morte, perdem-se 
em aflição. Terrível desdita
de um povo sem tino
e como destino
tem,
três palmos e meio no chão
revolvido.


Jorge d'Alte

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