Vamos experimentar o mel do dia,
trazer imagens de doces mares.
Remoer os sangues na ventania,
adoçar de mel esses olhares.
Nas nuvens de suave pele,
deixar o suspiro trémulo
Sabores, cheiros, atrofiados dele,
montar a paixão, nesse cúmulo.
Desesperar em vivas marés,
cravar unhas nas suas costas,
Morder o corpo da cabeça aos pés,
deixar essas lavas ardentes, como apostas.
Vamos experimentar o mel da vida,
escrever ladainhas com um tição.
quando te sentires no amor perdida,
quando formos apenas, recordação.
Jorge d'Alte
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