A chuva bate-me no rosto
varrendo no vento que sopra
lágrimas que um dia gritei
E no eco que não chega
ardo em saudades
do fogo que morrera
nesse entardecer.
As ruas despidas assumem-se na vida
como refugio que percorro
tentando encontrar nas sombras perdidas
algures, a ponta do teu fogo
A chuva batida fustiga meu corpo
desfazendo-o aos poucos em soluços sem solução
Escuto no desvario palavras escritas
que como papel não lido, amasso no coração
A lua que era então, já não é luz nem som
apenas restou o esboço do seu rosto nessa bruma
e os passos nus que lá vão
marcam na vida passos de solidão
A chuva escorre agora como lágrimas caídas
como caída se sente a alma na nuvem corrida
E por mais que eu sonhe, a tua canção se perdeu
apagada de um fogo que vacilou e morreu.
A chuva alagada agora em poças de lama
moldou neste barro o meu coração
e num gesto de ternura
abriu sua mão e deu-lhe outra chama.
varrendo no vento que sopra
lágrimas que um dia gritei
E no eco que não chega
ardo em saudades
do fogo que morrera
nesse entardecer.
As ruas despidas assumem-se na vida
como refugio que percorro
tentando encontrar nas sombras perdidas
algures, a ponta do teu fogo
A chuva batida fustiga meu corpo
desfazendo-o aos poucos em soluços sem solução
Escuto no desvario palavras escritas
que como papel não lido, amasso no coração
A lua que era então, já não é luz nem som
apenas restou o esboço do seu rosto nessa bruma
e os passos nus que lá vão
marcam na vida passos de solidão
A chuva escorre agora como lágrimas caídas
como caída se sente a alma na nuvem corrida
E por mais que eu sonhe, a tua canção se perdeu
apagada de um fogo que vacilou e morreu.
A chuva alagada agora em poças de lama
moldou neste barro o meu coração
e num gesto de ternura
abriu sua mão e deu-lhe outra chama.
Jorge d'Alte
(letra 2010)
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