quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

O NOVO ANO

 

A festa estava ali no ar 
No estralejar de luz e cor
Nas taças de tons quentes, erguidas
No murmúrio das promessas repetidas.
Tu, eu e muitos muitos
Sorvíamos essa alegria 
Que descia em cores garridas
Até se esfumarem dentro dos nossos olhos.
Vozes como que rezando
Desciam na contagem no segundo menos.
No meio segundo mais
O novo Ano acordara. 
No intimo de muitos muitos
A desconfiança grassava
As passas corriam mãos, nos desejos desejados.
No intimo de muitos que não eram muitos
A incerteza cortava a direito
Que futuro nos terá reservado?


Jorge d'Alte

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