Hoje chove nevoeiro
É Janeiro das invernias.
O quarto quente porreiro
trás ansias macias
de corpos tesos
de bocas de beijos
de abraços represos
de coxas peitos e arquejos
amor leitoso que se esvai
ondas deliricas de gemidos
silêncios como chuva que cai
do auge que foi, lutares renhidos
promessas gritadas
no grito que não grito
pasmadas e sonhadas
no gutural aflito.
Hoje chove nevoeiro
e no silencio do quarto estou só.
Jorge d'Alte
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