domingo, 10 de janeiro de 2021

A JANELA E ELA

 


Abri a janela logo de manhãzinha
A aragem espichou acenando a cortina.
Tonta! 
Pensei, vendo-a a bulir
No compasso exato do meu coração
Alvoraçado.
Como flor estendida de olhar infinito
Seus olhos baloiçavam no ardente risonho
Talvez fosse uma miragem
Uma quimera.
Meus olhos deram um passo enfrente.
Estremeceu levemente 
Estendendo seus braços em pontas de dedos
Toque macio que me incinerou o sorriso
Que morreu no beijo dado e sentido.


Jorge d'Alte
 

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