Janeiro de brancos mantos
De troncos despidos esgalhando sem folhagem
De pingas pingentes como estalactites
Caindo como agulhas pela morna aragem.
Arco-íris volteando nos seus cantos
Cantares de pios madrigais
Elevam-se como apetites
Em voos de cios ornamentais.
Ventos que sopram do Norte
Trazem esse frio que como ogres
Criam nesse céu plúmbeo de lindo recorte
lindos por-de-sol ou pedaço de sortes.
Janeiro das mil geadas
Janeiro de Santos Reis
Janeiro das pessoas agasalhadas
Das lareiras ardentes e dos bolos reis.
Jorge d'Alte
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