Liberdade!
Somos livres!
Somos livres!
Gritavam as vozes infinitas.
No entanto a euforia era um manto tecido
Retalhos de amor e ódio que se abraçavam
Receios que rastejavam na incredulidade.
Peitos arfantes de regozijo inspiravam cravos rosas
E as armas caladas, frias e brilhantes
Estavam adormecidas para lá da meia noite
Embaladas nas músicas belas, do apelo.
O dia surgiu embargado, a comoção tolhia
A revolução vingara olhando o novo futuro.
Eu caminhava por nuvens de delírio e multidão
O novo sonho sonhava breve nos meus olhos
Havia tudo na palavra que enchia para lá da madrugada.
A voz doía na emoção, então chorei de alegria!
Jorge d'Alte
Porto
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