quarta-feira, 22 de maio de 2024

A MINHA DOR

Eram vagas as vagas do meu mar
espumavam contra as adversidades
escolhos de tristezas que doem a valer
O coração sempre guarda
o que a memória não quer esquecer
e cá dentro na alma parda
sinto-me fenecer por não amar
embora houvessem raios de felicidades.

Tento agarrar as águas do meu mar
elas se esfumam batidas com o tempo degastado
Quando comecei a sonhar?
Quando acordei vergastado?
Eram pesadelos de ser rejeitado ou eram coros?
Coros de sentimentos sem raízes para a vida
prazeres que me abriam os poros
me faziam tremer na hora prometida.
Era amor esta dor?
Era a paixão frigida?
Tantas perguntas que esmoreciam sem cor
no meu mar vago sem partida.

Um dia amei
amei uma flor
um dia beijei
e é essa a minha dor.


Jorge d'Alte




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