Tudo calado
tudo silêncio
nem a folha que tombou
germinou no som.
Os sentidos de lado
os nervos de néscio
o olho que lacrimejou
a voz sem tom.
Era um dia como tantos
cheios disto e daquilo
Afogado sem mar
um sufoco sem vida.
Algures haviam elas e eles, quantos?
Prometendo um futuro ao quilo
queriam mais do que dar
numa vivência perdida.
O futuro era sempre passado
num mundo do corrupio
tropeçavam porque não viam
sonhavam para sentir
Quando sentiam eram como o afogado
agarravam-se com dentes á alma num vazio
sem se perguntarem porque viviam
até que o tempo anunciava, era tempo de partir.
Jorge d'Alte
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