sexta-feira, 25 de setembro de 2020

ERAM VISTOS GOLDEN

 


Eram vistos Golden chovendo e os outros que não o eram.

Pelos vistos o nosso cantinho era apetecível mal sabíamos nós qua sombra ia despertar.

Nesses tempos de novembro ido, tudo viajava ao Deus dará.

O outono minguava clamando pelos invernosos dias de ventos frios e chuvosos.

Na escuridão um monstro crescia, mal sabíamos nós.

Como vírus moderno de pomposo nome o tal Covid regurgitou.

Nós os inteligentes paramos como escudo, enquanto o vírus chacoteando se apresentava em peitos sofridos em cérebros carcomidos em estômagos azedados em pulmões sem ar.

Mas onde estava a piada?

Eles eram mínimos mas muitos.

Nós os senhores dos mundos e universos éramos  apenas muitos mas mínimos.

Por isso continuamos a dar vistos golden aos Covids e continuámo-nos a matar.

Onde estão as espadas?

Onde estão as armaduras e as cotas de aço rígido dos dons Quixotes e Sancho panças?

Estas guerreiam-se nos laboratórios…

Eu tenho, tu tens, ele tem – Quem dá mais?

E lá vamos caindo, um pouco aqui, muitos lá e acolá.

 

 

Jorge d’Alte

 


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