Chegaram,
quando o dia minguante gozava a sua sesta de luminosidade vasta.
Roía
olhos e resquícios de sonhos como turbulento almofariz de cor alaranjada
Havia
por ali rostos ansiosos no porvir.
"Um
e outro, mais outro e uma" esgrimiam teses de “ses” aflautados nas vozes
mimosas.
Quero
ser…
Só
quero tostão…
Astronauta
é o que vou ser…
Mas
tu és uma rapariga…
Podias
ser médica e mãe…
Não
há futuro nem posso ser mãe…
Somos
crianças rastejando nos sonhos dos alquimistas do futuro.
Eu
sonho a minha liberdade com o outro…
Eu
sou a uma e sou amor no meu outro…
A
noite chegou com meteoritos riscando a escuridão.
Não
havia sombras pois não havia luz.
Por
momentos a lua esgrimiu o seu meio olhar
Que
pediria ela que eu não pedisse e o outro se deliciasse?
“Uma”
amava pela primeira vez indiferente aos ecos do pecado…que sentiu o “outro”?
Um
bocejo fê-los fechar os seus olhos pesados
e o sono caçou-os quando as estrelas se ofuscaram
cantando seduções ao novo dia
que aí vinha.
Jorge
d’alte
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