Há
Deuses nos céus
Eternidades
cruas sem rosto
Paraísos condôminos
Como
obras de sete dias.
Anjos
que perderam asas no vermelho
Anjos
que são luz branca, que não se vê
Guardas
que viram a cara
Da
destruição eivada de negro.
Peões
movidos por fios
Somos
nós!
Risos
parvos de imbecilidade
Movidos
a belo prazer
Por
uma qualquer divindade.
Choros
de não sei de quê
Fés
espalhadas em esperanças
Preces
ajoelhadas para quem?
Chamam-lhe
Religiões!
Arquitectas
de um inferno
Debruado
como éden.
Há
Deuses nos céus
Pés
de barro do Morfeu
Ao
sétimo dia descansado.
Jorge d'Alte
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