segunda-feira, 15 de junho de 2020

SILÊNCIO




Os nervos
Os ouvidos
Os olhos
São agudos receptivos
Sobre a pressão do silêncio.
Tudo parece
Um pouco maior
Anguloso
Do que a realidade.
Tudo desde o pousar dos pés
Nos frios azulejos
O roçagar da manga
As palmeiras do jardim
Parecia ter uma claridade sem som
Que tremia como nota de marfim.

Jorge d'Alte



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