Mocetão sentado
De cabelo ao lado no rosto oval
de leitosa pele
Os óculos de grandes
Enchiam seus olhos presos na
inspiração
As orelhas finas de recorte
fortuito brilhavam na pérola de brinco
Lábios trancavam quiçá
As palavras que desenhava dentro
da alma
Dedos brincavam no carvão aguçado
Erguendo traços de imaginação
E a obra crescia entre sombras e
luz de dia
A cabeça pendente deixava cair
cabelos negros como chuva
Que sombreavam entre cinzas e
negros
Os pés grandes e calmos
cruzavam-se num abraço
Como abraçar era a férrea vontade
ilustrada
Na bela e esbelta sempre menina
esboçada.
Jorge d'Alte
Sem comentários:
Enviar um comentário