Boca que mente indiferente
beijando o que já não sente.
Olhos que rasgaram a ternura
luzindo de insensível friúra,
penando no verter da dor
consumindo em cada ardor,
bocados de desdéns.
Afinal é isso que tu tens,
no consentir desses enredos,
feitos de esperanças e de medos,
flutuando no pensamento
como derradeiro lamento.
Jorge d'Alte
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