quarta-feira, 15 de julho de 2020

BANCARROTA

 


 

Pobre terra de lusitanos, hoje

Onde vivemos descorados

vergonha amarga de já não termos nada,

e soberania hipotecada.

Puseram-nos nus no meio do mapa

onde as nossas peles suam a escravatura.

Afonsos nos elevaram, Henriques nos deram sonhos,

mundos nos admiraram.

E no mas?

A besta veio disfarçada

olhos tenros de ganância, no meio da boa fala.

Meteu a mão nos nossos bolsos,

tirou-nos a tanga, em pelota

pôs-nos à rasca.

Com pele de carneiro

dá -nos lobos tapa olhos

e ri-se por detrás do maléfico sorriso

da estratosfera. .

Pobre terra de Lusitanos com outrora,

sem presente, nem amanhã,

definhando!


Jorge d'alte


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