Para além da dor
nada fazia sentido.
(E nós ali)
Som efémero e insignificante
ou imediato aterrador.
Convocação para a morte
como gotejar de um regato
o eco do fluir do intelecto
da consciência de si próprio.
Pedra a rolar perante a inevitabilidade do rio
pena nas asas do vento; eu,
ramo de salgueiro sorvendo; ela,
à espera da chama devoradora.
Depois quando os ossos e os tendões
já não podem mais,
quando os olhos e ouvidos já não distinguem
a forma, o som,
quando a mente emerge da tempestade
limpa e nua, era charco parado
receptáculo para a vontade
e assim foi continuidade permanente,
união de almas; elo,
compresso no cumulo; êxtase.
No singelo, como flor colorida adejando na brisa,
tu e eu,
sussurrando na pele salgada e brilhante.
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