domingo, 12 de julho de 2020

NUNCA ESTÁS

 

Entrei no elevador!

Subi ao céu entre chuvas de pétalas,

procurei-te no meio de nuvens,

sei lá das estrelas!

Caíram como eu desse céu de breu, amor

e agora semeiam os jardins

com cantos de querubins,

mas tu, tu meu amor não vens.

E as trompetas calaram-se com os limos,

o tapete que estendi com artes e mimos

descorou no tempo que te levou.

Juntos passeamos tristes e alados

de jardim em jardim encantados,

mas tu nunca estás, no universo onde estou.


Jorge d'Alte


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